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domingo, 4 de julho de 2010

ADUTORA JERÔNIMO ROSADO – RIO ASSU PARA MOSSORÓ E SERRA DO MEL

Jerônimo Rosado teve 21 filhos de dois casamentos, sendo três do primeiro, com dona Maria Amélia Henrique Maia e 18 do segundo, com dona Isaura, irmã de dona Maria Amélia. Nascido em Pombal, na Paraíba, a 8 de dezembro de 1861, sendo filho legítimo do português Jerônimo Ribeiro Rosado e da paraibana Vicência Maria da Conceição. Órfão de pai aos 10 anos de idade, foi morar em Catolé do Rocha, também na Paraíba. Fez o curso de Humanidades na capital do Estado, ingressando em 1886 na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde se diplomou em Farmácia dois anos depois. Foi prefeito de Mossoró em 1917. Faleceu em Mossoró em 25 de novembro de 1930

Homem de temperamento calmo, tornava-se feroz quando o assunto era o abastecimento d'água de Mossoró. Era quase uma obsessão. Passou anos observando o horizonte, medindo as chuvas e tomando notas. Sabia da necessidade de água da cidade. Sua preocupação máxima era dotar Mossoró de um sistema eficiente de abastecimento d'água potável. O primeiro passo dessa luta foi à construção das barragens submersíveis no rio Mossoró. Mas não era suficiente para uma cidade que crescia a olhos vivos. Precisava de mais água. Idealizou então o Açude Taboleiro Grande, por entender que o abastecimento da cidade só poderia ter por fonte um grande reservatório. Não conseguiu ver seu sonho realizado, mas sua luta não foi em vão. Em maio 1999, o governo do Estado do Rio Grande do Norte, tendo à frente o governador Garibaldi Alves Filho, entrega a Mossoró uma adutora, que trazendo água do rio Assu, abastece finalmente Mossoró do precioso líquido, que custou a importância de 40 milhões, com uma extensão de 123.40 quilômetros, com uma vazão de 373 litros por segundo. E muito justamente homenageia o homem que mais lutou pela "Batalha da Água" de Mossoró, denominando a obra de "Adutora Jerônimo Rosado".

ADUTORA ARNÓBIO ABREU

ADUTORA JARDIM DO SERIDÓ

ADUTORA ARISTOFANES FERNANDES

ADUTORA MONSENHOR EXPEDITO ALVES

ADUTORA ALUÍZIO ALVES

ADUTORA MANOEL TORRES



Atendem as cidades de Caico, São Fernando e Timbaúda dos Batistas, que capta água da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro, com 46.33 quilômetros de extensão, com uma invasão de 155.14 litros por segundo,construída pelo então governador Garibaldi Alves Filho, inaugurada no dia primeiro de fevereiro de 2001. A mesma garante um abastecimento d’água que durante as secas necessitava de carros-pipa para se manter. A obra custou a importânccia de 9,5 milhões de reais

ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM SERRA DA GAMELEIRA – CAIÇARA DO RIO DO VENTO

A Coordenação Regional da Funasa no Rio Grande do Norte (Core/RN) e a Prefeitura do Município de Caiçara do Rio do Vento (à 103 Km de Natal, a capital), entregou no dia 14 de maio de 2010 (sexta-feira), à população da comunidade de Serra da Gameleira o Sistema de Abastecimento d’água.

O investimento beneficiará os 240 habitantes da comunidade, prometendo acabar de vez com o principal problema apontado pelos moradores, a falta de água.

A Água chega à comunidade por meio da Adutora Felipe Eloi Miller (com 11 Km de extensão), fruto do convênio 0826/07, firmado entre a Funasa (Core/RN) e o município de Caiçara do Rio do Vento, no valor R$ 879.209,23; sendo R$ 800 mil repassado pela Core/RN e R$ 79.209,23 como contrapartida municipal.

Além do coordenador regional da Funasa/RN, José Antonio Abreu, participaram do evento o prefeito do município, Francisco Edson Barbosa, e técnicos do município e da Core/RN.

Oferta de água em Natal será melhorada em 30%

Entre as várias ações visando melhorar significativamente a prestação de serviços à população de Natal, o Governo do Estado, através da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte(Caern) prioriza melhorar a produção e a oferta de água. Desta forma, estão sendo implantados simultaneamente seis projetos que, no início do próximo ano, aumentarão a oferta de água na Capital em aproximadamente 30%.

Arquivo TNOferta de água na capital vai  aumentar em 30% com os novos investimentosOferta de água na capital vai aumentar em 30% com os novos investimentos
A produção de água será responsável por um incremento de mais de 20%, passando dos atuais 10,2 milhões para 12,4 milhões de litros por hora. A Caern também está substituindo a antiga rede de cimento amianto por PVC, iniciando a instalação de 45 mil hidrômetros, além de utilizar a tecnologia do geofonamento (usada para detectar vazamentos não visíveis), medidas que vão reduzir vazamentos e combater o desperdício aumentando a oferta de água em mais 10%. O Governo está investindo cerca de R$ 35 milhões nos seis programas.

Adutoras

A Companhia está concluindo a implantação da nova adutora de Jiqui, implantando as adutoras do Rio Doce e Lagoa Azul, além de realizar ampliação e melhoramentos na adutora de Extremoz, trabalho que vai aumentar a oferta em 2 milhões e 200 mil litros de água por hora, beneficiando as zonas Sul e Norte de Natal.

Com 14 quilômetros de extensão, a nova Adutora do Jiqui vai aumentar a oferta de água em 1,3 milhões de litros de água por hora, além de reduzir o índice de nitrato da água distribuída em algumas áreas de Natal. O Governo do Estado está investindo R$ 13,6 milhões, sendo R$ 3 milhões em serviços e R$ 10,6 milhões na aquisição de material, recursos oriundo do Programa Saneamento para Todos, do PAC, através da Caixa Econômica Federal. A nova adutora vai melhorar o fornecimento de água para 405 mil habitantes nos bairros de Potilândia, Nova Descoberta, Morro Branco, Praia do Meio, Santos Reis, Tirol, Barro Vermelho, Lagoa Seca, Alecrim, Quintas, Ribeira, Rocas, Mãe Luíza, Cidade Alta, Pirangi, Lagoa Nova, Dix-Sept Rosado e Bairro Nordeste.

Na Zona Norte, a Companhia está implantando uma nova adutora, com 8,3 quilômetros de extensão, na Captação de Extremoz, concluindo melhoramentos na antiga adutora, que fará parte do sistema com ação complementar e será interligada ao conjunto de poços da Lagoa Azul, responsável pela produção de mais 400 mil litros/hora. Além desses benefícios, a Caern está implantando a captação do Rio Doce, disponibilizando mais 500 mil litros de água por hora, a partir de dezembro. As obras vão garantir uma maior disponibilidade hídrica, passando dos atuais 2,3 milhões, para uma produção de 3,2 milhões de litros de água por hora, na captação da Lagoa de Extremoz, o que significa um aumento de 900 mil litros de água por hora naquela área da cidade. Somando-se ao volume produzido através de poços, fora da área de Extremoz, a Zona Norte ficará como uma produção de 4,7 milhões de litros por hora. O Governo investe na Zona Norte mais de R$ 8 milhões.

Substituição de rede

A troca da rede antiga de abastecimento de água, em cimento amianto, por PVC, também será de grande importância para melhorar o abastecimento de água da cidade. A Caern está investindo R$ 5,5 milhões para atender 162 mil habitantes em trechos dos bairros Rocas, Santos Reis, Ribeira, Alecrim, Quintas, Candelária, Potilândia, Nova Descoberta, Morro Branco e Praia do Meio. A mudança na tubulação vai evitar vazamentos que provocam falta de água e contribuir para garantir a distribuição contínua da água..

O diretor Técnico da Caern, Clóvis Veloso Freire considera a troca de tubulação antiga como uma importante obra, porque contribui para a saúde da população e reduz sensivelmente os vazamentos detectados nessas tubulações, que estão enterradas desde a década de 70. Ele reconhece os transtornos com as escavações nas ruas mas espera que a população entenda os benefícios advindos com a substituição do cimento amianto por PVC.

Hidrometração

Outra iniciativa da Caern para reduzir desperdício e melhorar a oferta de água em Natal, será instalação de 45 mil hidrômetros no período de um ano, número que será suficiente para cobrir 95% de toda a capital com hidrômetros. Os novos medidores de consumo de água instalados nas residências, vão oferecer condições para que a empresa possa constatar o real índice de perdas e reduzir o desperdício de água. Neste programa a Caern vai investir R$ 7 milhões.

A instalação dos hidrômetros definida pela Caern é superior à meta estabelecida pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico (Comsab) no último processo de revisão tarifária. Atualmente, Natal possui 180 mil ligações ativas, das quais cerca de 50 mil não possuem hidrômetros instalados. O Comsab definiu que a empresa deve diminuir, em pelo menos 30%, o déficit de cobertura de hidrometração até o final de abril de 2010, o que quer dizer que a Caern precisa instalar pelo menos 15 mil hidrômetros dentro do prazo estipulado. Um total de 15 mil hidrômetros já está no estoque da Caern e vão ser instalados imediatamente. A empresa está adquirindo mais 30 mil hidrômetros que vão permitir alcançar o total de 95% de cobertura das residências natalenses. “Vamos trabalhar para atingir 100% de hidrometração até o final do ano que vem. Somente desta forma teremos condições de medir o real índice de perdas pela falta de micromedição”, destaca o diretor-presidente da Caern, Walter Gasi. Ele afirma que a empresa está comprometida com o alcance de todas as metas estipuladas em resolução do Comsab.

O diretor-presidente da Caern anunciou ainda que a empresa vai implantar o Centro de Controle Operacional, para reunir todas as informações sobre macromedição, que é a medição da água produzida em poços e nas Estações de Tratamento de Água. Já a micromedição ocorre com a instalação de hidrômetros em residências e outros prédios que utilizam o sistema de abastecimento de água.

Geofonamento

Uma tecnologia de ponta, o geofonamento, está sendo utilizada pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) para detectar vazamentos invisíveis, um dos principais responsáveis pelo elevado índice de perdas, que chega a 50%, registrado pela maioria das companhias de saneamento em todo o país. Vários benefícios serão obtidos em consequência desse trabalho, entre eles o aumento na oferta de água, principalmente naquelas áreas onde são registrados problemas mais freqüentes no abastecimento.

O geofone é um equipamento que detecta problemas na tubulação, através da utilização de campos eletromagnéticos. Esta técnica evita que os vazamentos atinjam maiores proporções, ao ponto de somente serem descobertos com o afloramento da água, depois de vários dias de desperdício.

Segundo o gerente da Regional Natal Sul, Lamarcos Teixeira, a implantação de uma ação para detectar esse tipo de vazamento, foi em decorrência do registro de falta de água e realização de manobras em áreas onde a oferta é compatível com a demanda, como Ponta Negra, Capim Macio e Rocas.

Além da redução do desperdício de água, o trabalho vai ter reflexos na parte operacional, com a redução das despesas com energia, produtos químicos e pessoal, contribuindo, desta forma, para o fortalecimento financeiro da Companhia que, conseqüentemente, terá mais condições para prestar um serviço mais eficiente à população.
FONTE - JORNAL TRIBUNA DO NORTE - NATAL-RN

DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS DA REGIÃO DA GRANDE NATAL - RN

JOSÉ GERALDO DE MELO
Professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, DG - UFRN
Campus Universitário, Lagoa Nova - Caixa Postal: 1639
Telefone: (084)2319809 - Fax:(084)2319749 - e-mail: geologia@dimap.ufrn.br.
CEP: 59072-970 - Natal - RN - Brasil
MARCELO AUGUSTO QUEIROZ
Chefe da Divisão de Atividades Hidrogeológicas da Companhia de Águas e Esgotos do Estado
do Rio Grande do Norte - CAERN
Av. Senador Salgado Filho, 1555, Lagoa Nova - Caixa Postal: 74
Telefone: (084)2214236 - Fax: (084)2113190
CEP: 59056-000 - Natal - RN - Brasil

ANTECEDENTES HISTÓRICOS
O uso de águas subterrâneas na cidade de Natal remonta no século passado, mediante a captacão d'água através de cacimbões.
Por volta de 1902 foram construídos os primeiros poços tubulares, levando Natal a ser conhecida , nas primeiras décadas do século XX , como a cidade dos cataventos.
No ano de 1924 foi desenvolvido pelo engenheiro Henrique Novaes do Rio de Janeiro, o primeiro projeto para abastecimento d'água de Natal. O projeto previa a perfuração de poços tubulares e a indicação das lagoas de Jiqui e Extremoz para o futuro abastecimento da cidade, tendo sido parcialmente implantado. Com o passar do tempo e de conformidade com o incremento populacional, o sistema de abastecimento d'água de Natal foi sendo modificado, com ampliações e melhorias nas captações de águas subterrâneas, garantindo desta feita o consumo satisfatório de água para a população até os dias de hoje.
Na década de 60 foi implantada a captação d'água às margens da lagoa de Jiqui através de poços amazonas (cacimbões), que posteriormente foi substituída por tomada direta na lagoa.
No início dos anos 70 aconteceu a transformação do Departamento de Saneamento do Estado em Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Rio Grande do Norte - CAERN, com a contratação de estudos que resultaram na reformulação, ampliação e modernização dos sistemas existentes..
É de 1979, a data de implantação do sistema de abastecimento d'água da Zona Norte, com a utilização de águas da lagoa de Extremoz
O SISTEMA HIDROGEOLÓGICO
Os estratos geológicos que formam o sistema hídrico subterrâneo na Região da Grande Natal são as formações dunares, os sedimentos superiores e os sedimentos inferiores do Grupo Barreiras. Faz ainda parte do sistema, os poços de captação d'água, as fontes, as lagoas e os cursos d'água superficiais.
As dunas são coberturas de areia de espessuras muito variadas e condicionadas ao relevo local.
Os estratos arenosos do Grupo Barreiras, constituem o denominado aquífero Barreiras.
Na Zona sul da cidade de Natal, em uma área de 90 km2, o Sistema Aquífero Dunas/Barreiras apresenta um potencial da ordem de 330x106 m3 e reservas explotáveis de 70x106 de m3/ano, sem considerar parte das reservas permanentes (MELO et al, 1994 e MELO, 1995). No caso da Grande Natal, os recursos explotáveis, com base nas informações existentes, foram estimados em 280 x 106 m3 / ano.
A lagoa de Extremoz, de acordo com os estudos realizados por. FIGUEIREDO (1984), apresenta uma disponibilidade hídrica da ordem de 29 x 106 m3 / ano, com risco de falha de apenas um ano em um século. No caso da lagoa de Jiqui, as informações sobre suas potencialidades se limita ao estudo executado pela PLANAT(1982), que indica reservas potenciais de 30 x 106 m3 / ano e como reservas explotáveis o equivalente a 15 x 106 m3 / ano.
APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Unidades de captação e suas características
As águas subterrâneas do sistemas públicos de abastecimento são captadas através de 159 poços tubulares, agrupados em unidades de captação.
Os poços apresentam profundidades que variam de 35,0 a 150,0 m, produzindo de 15 a 180 m3 / h de água.
São perfurados em diâmetros de 10 e 12 polegadas, revestidos com tubos geomecânicos de 6 e 8 polegadas e filtros de aço inoxidável e geomecânicos de 6 e em alguns casos de 8 polegadas.
Quanto aos poços particulares, não se tem conhecimento preciso de sua quantidade. Acredita-se, entretanto, que deve se aproximar de 400 unidades. Apresentam na grande maioria dos casos problemas construtivos e produzem em média 5 m3 / h.
Volumes d'água explotados
O sistema público de abastecimento d'água da cidade de Natal, atende cerca de 90 % da comunidade local com água potável. A população atual do município é de 695 863 habitantes, segundo dados oficiais do IBGE de 1991 projetados para 1995 com índice de crescimento de 3,5 %. A demanda anual de água é de aproximadamente 76 x 106 m3.
De acordo com os dados fornecidos pelo Distrito Metropolitano da CAERN (abril, 1996) é bombeado anualmente dos mananciais subterrâneos e superficiais (lagoas) um volume d'água da ordem de 80 x 106 m3 para o suprimento hídrico da cidade de Natal, havendo um excedente de água de 11,6 x 106 m3 além das necessidades (atender a 90 % da comunidade). Há, portanto, cerca de 15 % de perdas d'água .A Zona Sul desta cidade detém 73 % do volume d'água utilizado e a Zona Norte, apenas 27% (Fig. 2a), devido a demanda relativamente baixa desta.
O volume d'água explotado do manancial subterrâneo, através de poços tubulares, é da ordem de 52,0 x 106 m3 / ano, o que representa 65 % do total de recursos destinados a cidade. O restante, 35%, são águas provenientes das lagoas de Jiqui e Extremoz (Fig. 2b). Obseve-se na Fig. 2c e Fig. 2d que o volume de água subterrânea utilizado na Zona Sul da cidade de Natal é muito maior (79%) do que o bombeado da lagoa de Jiqui (21%)e no caso da Zona Norte , é o contrário, as águas subterrâneas representam apenas 27% contra 73% de águas da lagoa de Extremoz.
As demais cidades da Grande Natal são abastecidas totalmente por águas subterrâneas .
Em termos globais, o volume d'água destinado a Grande Natal, de conformidade com as demandas d'água das cidades, é de 94 x 106 m3 /ano , no qual as águas subterrâneas contribuem com 70 % deste volume e o restante (30 %) são águas bombeadas das lagoas de Jiqui e Extremoz (Fig. 2e).
ALTERNATIVAS DE CAPTAÇÃO
As águas subterrâneas do aquífero Barreiras apresentam-se como o recurso mais favorável no atendimento a demandas d'água da Região da Grande Natal, já que as estimativas das reservas explotáveis indicam uma ordem de grandeza de 280 x 106 m3 /ano e as necessidades hídricas do sistema público de abastecimento serão no ano 2020 de cerca de 208 x 106 m3 /ano
O volume d'água bombeado da lagoa de Jiqui para suprimento hídrico da Zona Sul da cidade de Natal, que é de 12 x 106 m3 / ano, já está bastante próximo dos limites de suas disponibilidades (15 x 106 m3 / ano), o que mostra que esta lagoa não pode ser tomada como suporte para futuras ampliações no sistema de captação.
A lagoa de Extremoz, admitindo o potencial explotável de 29 x 106 m3 / ano, apresenta ainda uma disponibilidade de água de 12,7 106 m3 /ano, considerando que 16,3 x 106 m3 já são explotados no suprimento hídrico da Zona Norte.
O suprimento hídrico da Grande Natal, na impossibilidade de uso das águas subterrâneas do aquífero Barreiras, por motivos quaisquer, teria como alternativa a implantação de sistemas de custos excessivamente elevado, como é o caso da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves localizada a 200 km da cidade de Natal..
ASPECTOS DA DEGRADAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
As águas subterrâneas da Região da Grande Natal são vulneráveis ao processo de degradação pelas atividades do desenvolvimento urbano, salientando-se entre elas o uso de sistemas de saneamento com disposição local de efluentes e a ocupação irregular e desordenada do terreno. No primeiro caso, tem-se a influência direta na qualidade das águas, com o risco de contaminação das mesmas por nitratos, oriundos da biodegradação dos excrementos humanos. No segundo caso, a influência maior é na infiltração das águas no terreno, modificando desta feita as condições naturais de recarga do sistema aquífero. Também, tem influência indireta na qualidade das águas, já que o volume d'água infiltrada para lixiviação dos solos e diluição de contaminantes será menor.
Esta vulnerabilidade do sistema aquífero ao processo de contaminação das águas é atribuída as feições geomorfológicas e estrutura hidrogeológica. Essas, por sua vez se caracterizam pela existência do capeamento de areias de dunas, pela formação de bacias fechadas, pela ocorrência de lagoas e sobretudo pela conexão hidraúlica das dunas com os sedimentos Barreiras.
Os estudos realizados recentemente na Zona Sul de Natal (Melo, 1995), mostram que em uma área expressiva da zona urbana, as águas subterrâneas estão contaminadas por nitratos, com teores superiores ao limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 45 mg/l. As águas distribuídas a população pela CAERN são entretanto de boa qualidade. Os riscos se verificam no caso de poços particulares localizados nos setores afetados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As águas subterrâneas da Região da Grande Natal constituem o recurso mais viável e seguro no atendimento as populações, não se cogitando de outras alternativas. Primeiro, porque as mesmas são suficientes para suprirem as demandas atuais e futuras e são de excelente qualidade em suas condições naturais. Com efeito, as reservas explotáveis do Sistema Aquífero Dunas/Barreiras são da ordem de grandeza de 280 x 106 m3/ano e no ano 2020 as necessidades hídricas da população deverão ser da ordem 208 x 106 m3, havendo portanto um saldo de 72x106 m3 para o atendimento a outras demandas, como é o caso do uso industrial. Tudo isto, sem considerar o uso das lagoas de Jiqui e Extremoz, que atualmente contribuem com 12 x 106 m3 e 16 x 106 m3/ano, respectivamente. Segundo, porque uma outra alternativa seria provavelmente a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves localizada a 200 km de Natal. O que é impraticável, diante dos altos investimentos e elevados custos operacionais requeridos, quando se dispõe no local de um manancial com características tão favoráveis como as águas subterrâneas.
Diante da importância que representa as águas subterrâneas da Grande Natal na qualidade de vida da população e a vulnerabilidade do sistema aquífero Dunas/Barreiras de ser afetado pelas atividades do desenvolvimento urbano, é necessário a adoção de medidas de proteção das mesmas. Entre estas medidas, convém destacar a implementação de uma rede de esgotamento sanitário eficiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIGUEREDO, A. L.- Projetos de captação d'água na lagoa de Extremoz CAERN (Relatório Técnico)- Recife, 1984.
MELO, José Geraldo- Impactos do desenvolvimento urbano nas águas subterrâneas de Natal / RN. - Tese de Doutorado. - USP, São Paulo, 995.
MELO, José Geraldo; REBOUÇAS, A. C.; QUEIROZ, M. A. - Análise dos componentes hidrogeológicos da área de Natal / RN.- in: Congresso brasileiro de águas subterrâneas, 9º, Recife, PE, 1994- Anais - p. 471- 480
PLANAT. - Disponibilidade de recursos hídricos na Região de Natal - Água de superfície. Planejamento de Recursos Naturais.- CAERN (Relatório Técnico), - Natal, RN, 1982.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O abastecimento de água é feito através de um conjunto dos sistemas de redes hidráulicas e instalações empregadas para o fornecimento de água à população de um lugar.

As ruínas arqueológicas da Mesopotâmia demonstram que por volta de 2500 a.C. já eram construídos aquedutos e canalizações para a condução da água dos rios e lagos até as cidades.

Mais tarde, o sistema foi aperfeiçoado pelos romanos e gregos, tanto no que diz respeito às técnicas de abastecimento, quanto à irrigação das áreas cultivadas.

Mas, foi a partir da segunda metade do século XIX, com a revolução industrial, que os sistemas de abastecimento de água aos centros populacionais sofreu modificações profundas.

O crescimento demográfico urbano, conseqüência dessa revolução, determinou a necessidade de se estabelecer uma infra-estrutura que assegurasse o consumo, a distribuição e a salubridade tanto da água potável quanto da água destinada aos usos industriais ou agrícolas.

Captada nos mananciais, tratada e repartida por vários reservatórios, a água é entregue à cidade pela rede externa de abastecimento, da necessidade de depositar, e utilizar a água nos domicílios, nasceu a rede interna de abastecimento, constituída de ramais derivados da primeira.

Nos países com fartura de água, não existe propriamente a questão do armazenamento para consumo e os depósitos domiciliares são reservas, para o caso de falhas eventuais ou acidentais.

Mas, de modo geral, impõe-se a colocação da chamada caixa d"água superior, que, nos casos de pressão externa intensa, é suprida diretamente, mas nos grandes centros costuma ser alimentada através de cisternas inferiores, trabalhadas por bombas.

A fim de evitar desperdícios e estabelecer um sistema de cobrança do imposto devido à prestação dos serviços de abastecimento de água, o consumo é controlado por meio de medidores, que são os temidos hidrômetros.

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